A noite foi chuvosa e com ventos muito fortes que nem sabemos como não nos levou a tenda. Mas pela manhã o tempo ficou mais calmo sendo até visíveis uns bonitos raios solares! Era a primeira noite que passávamos naquela tenda e a má colocação do plástico inferior levou a que alguma água da chuva entrasse para dentro, mas nada que nos tirasse o sono.
Bem que se dorme ao ar livre.. |
Depois de enxugada e arrumada a trouxa foi hora de tomarmos o pequeno-almoço no bar e fazer o “check-out “ com direito a foto para o facebook do parque!
Hora da partida |
O percurso deste dia começava com uma passagem por Vila Nova do Foz Côa e o almoço estava previsto para Torre de Moncorvo. Durante o trajeto tivemos a boa ideia de fazer do vento um secador para as luvas que continuavam molhadas da chuva do dia anterior. O dia estava maravilhoso e a subida até ao local do almoço parecia não ter fim! É uma terra bonita onde se destaca a imponente igreja à qual tivemos muito dificuldade de tirar uma foto que apanhasse as farruncas e a igreja toda!
Longroiva |
Secador improvisado |
Torre de Moncorvo |
O local do almoço já estava escolhido mas para abrir o apetite havia que esticar o cabo dos calços do travão traseiro da VESPA , que já pouco travavam devido à necessidade de recorrer demasiado à sua utilização no dia anterior por culpa da chuva de não deixa entra nas curvas muito rápido. Feita a reparação era hora do almoço que já era merecido.
Mais um pequeno imprevisto |
De barriga bem cheia rumámos em direção a Mogadouro passando pela zona do Douro Vinhateiro, zona muito bonita onde a paisagem são, na sua maioria, vinhas que parecem não ter fim. Estávamos a aproximar-nos de Miranda do Douro, local onde iriamos atravessar a fronteira para Espanha!
Miranda do Douro |
Espanha à vista |
Miranda do Douro é chamada a “Cidade Museu” de Trás-os- Montes que mantém o sua traça medieval e renascentista. Aproveitámos a paragem para nos abastecermos para o jantar pois não sabíamos o que nos esperava em Espanha e depois de feitas as compras e tiradas as foto da praxe lá atravessaram as farruncas mais uma vez a fronteira portuguesa!
Solo espanhol |
A estudar os limites de velocidade |
Já falta pouco.. |
Do lado espanhol tudo parecia diferente de lado português. Desde a paisagem que era um deserto autentico até às vilas por onde passámos pareciam abandonadas apesar do seu bom estado de conservação!
Igreja espanhola |
Terriola "fantastasma" |
Chegados a Ricobayo havia que olhar para o mapa para ver qual o melhor caminho a seguir para Zamora. A única alternativa que o mapa nos indicava parecia ser uma IP e como não havia outra solução lá seguimos nós em direção à estrada! Tal como suspeitávamos, quando lá chegámos verificámos que se tratava de uma IP, mas ao olharmos atentamente para a placa constatámos que nas figuras que lá estavam descriminadas, talvez por sorte, nenhum dos veículos, aos quais era proibida a circulação na dita via, era o modelo das nossas!
Nenhuma é o modelo das nossas! Siga viagem... |
E lá seguimos nós viagem até Zamora por uma estrada em que a paisagem era basicamente terra seca e arbustos! De destacar o respeito dos automobilistas espanhóis pelos veículos mais lentos, sendo que não houve um único que nos ultrapassasse pisando o risco continuo, só o faziam se nos encostássemos à berma deixando a faixa completamente livre! É de louvar e saudações motociclísticas a esses contutores!
Ao fim de alguns kms , que se fizeram bastante bem e sem percalços, chegámos a Zamora!
Zamora |
A primeira impressão que tive foi a de uma terra com ar bem pacifico, onde pudemos apreciar obras antigas das quais destacou-se o castelo de Zamora e as suas grande muralhas, tendo uma das muralhas nos acompanhado por umas boas centenas de metros.
O objetivo era agora encontrar o parque de campismo e parando junto a um jovem para lhe pedirmos indicações de como lá chegarmos, fiquei parvo como os espanhóis parecem não perceber patavina do que lhes dizemos! Talvez o rapaz fosse apenas de compreensão lenta e depois de algum esforço lá conseguimos uma dica para chegarmos ao parque! Atravessámos Zamora de uma ponta à outra e pelo meio lá vimos tabuletas a indicarem o tão desejado parque.
Parque de campismo de Zamora |
O parque tinha bastante bom aspeto e ficava afastado da zona urbanizada o que era bom pois tornava-o bem calmo para a pratica de campismo. Feito o check-in foi escolher um sitio perto das wcs para montar a tenda e o estendal!
O nosso cantinho para pernoitar |
Parece o acampamento dos ciganos |
Feito o reconhecimento ao local era hora de pôr o petromax a queimar petróleo para fazermos a bucha: um delicioso arroz acompanhado com chouriça assada, regado com um bom tinto português!
A buxa ao lume |
A chouriça a rir-se para o chouriço |
A mais uma etapa completada com sucesso |
Noite agradável |
E assim estava completa mais uma etapa com sucesso, era hora de dormir e descansar para o regresso a Portugal no dia seguinte.
E esta foi a nossa etapa por Portugal e Espanha
Ver mapa maior
Estou acompanhando. Muito bom. Abraços.
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