Farruncas no Asfalto 8 - Lisboa Santiago Lisboa - Etapa 6
Sexta-feira, 20 de junho 2014- etapa 6
Pinor – Cabeceiras de Basto Quilómetros desta etapa – 262 km
Hoje o nosso objetivo era chegar ao Luso, e uma etapa muito
grande, vamos ver como nos vai correr o dia.
Hélio no ninho..
O David ainda nos fetos..
Saímos do ninho já passava das
9:30, fomos lavar o osso da tromba à ribeira com água fresquinha e voltamos
para arrumar a trouxa.
Lavar os dentes..
E o osso da tromba..
Arrumar tudo e colocar em cima das motoretas e tarefa
para 1 hora, hoje vamos arrancar sem tomar o pequeno-almoço pois não temos pão.
O caminho para ir-mos à ribeira..
A arrumar-mos a trouxa..
A partida para a etapa 6
Feitos poucos quilómetros paramos num tasco em CEA onde provámos uma fatia de
um bolo típico e aproveitamos para nos reabastecermos de enchidos e pão.
O pequeno almoço..
Lá foi a ti maria buscar umas chouriças..
Feito o reabastecimento la íamos nos em direção ao Gerês. Fizemos uma pequena paragem para abastecer os cantis, numa pequena nascente..
Continuamos a rolar, quando passamos Celanova paramos para a buxa do meio-dia, já eram umas 16H.
Encontra-mos um sítio mesmo a maneira, comentávamos uns com os outros, onde
tínhamos uma fonte, mesas e até uma capelinha! Resolvemos assar a chouriça em
cima da mesa para não pegarmos fogo às ervas secas, acompanhado com um presunto
e uns queijinhos ainda de Portugal.
A por a mesa para a buxa
A preparar a chouriça
Já com a barriga abastecida, vamos explorar
a capela e tocar o sino.
hélio a explorar...
Já bem perto de Portugal, com a ansia de chegarmos ao nosso
país acabamos por entrar por Lindoso, quando o nosso objetivo é entrar pela
Portela do Homem e Gerês. Logo no primeiro café em Portugal, aproveitamos por
beber algo fresco e acabamos por resolver voltar novamente a Espanha para seguirmos
a nosso plano inicial.
Chegada a Portugal
Na Portela do Homem aproveitamos para reabastecer o
nosso farnel com pão.
Portela do Homem já com abastecimento de pão
A paisagem é fantástica, compensou bem termos voltada a
trás, comentávamos. Ao chegarmos à fronteira, tiramos algumas fotografias e
logo mais abaixo encontramos umas pessoas que nos pediram socorro.
Estava uma
vaca caída numa valeta a qual não conseguia sair de lá. Olhamos para o animal e
a única forma de a ajudarmos seria agarrar-lhe no rabo e tentarmos levanta-la o
mais possível para ver se a mesma reagia. Levantamos o máximo que conseguimos e
o animal nem sequer se mexer, pressupusemos que a mesma teria algo fraturado. Tentamos
ligar para o 112 mas sempre sem sucesso, aproveita-mos para dar água ao animal.
Fomos lavar as mãos e vimos o animal a tentar sair do buraco e não é que
consegue? E não tinha nada partido, ainda bem!
Aqui está o trabalho!
Com esta história para contar, lá fomos nós Geres abaixo,
aproveitamos a inclinação do terreno para levar as motoretas desligadas e
aproveitar-mos o silencio e a paisagem magnifica.
Já sabíamos que não podíamos pernoitar no geres em campismo
selvagem, vamos tentar a nossa sorte fora do Geres e lá ia-mos nós estrada
fora.
Começa a anoitecer e paramos para vestir uma camisola, pois
a noite estava fresco-te e reparamos que o Sérgio perdeu a parte de trás do
guarda corrente, sempre a aliviar carga, riamos com ele, aproveitamos para
fixar bem o aro da guarda corrente não vá enfiar-se nos raios.
Sempre a perder peças...
Cada vez escurecia mais e não estávamos a conseguir arranjar
um lugar para pernoitarmos, mas sabíamos que existia um parque de campismo mais
a frente. Resolvemos continuar a nossa viagem, caso não encontrarmos nada até
ao parque ficamos lá.
Estávamos em Celorico de Bastos era aqui o parque de
campismo, era um parque de campismo rural. Chegamos lá já passava das 22h, não
avistamos ninguém, a receção estava fechada, tentamos a todo o custo ligar para
os números de telefone que estavam na receção mas ninguém nos atendia.
No outro lado do cabeço, tínhamos avistado umas pessoas,
resolvemos ir até lá. Um holandês já estava a nossa espera, tinha-nos visto
chegar. Fomos conversar com ele mas não era o dono do parque, tinha sim uma
para alugar mas a mesma não tinha condições para nos receber. Rapidamente ligou
para o seu vizinho que tinha mais espaço que ele e enquanto esperávamos
ofereceu-nos umas cervejas as quais resolvemos não aceitar. Chama-mos o resto
do pessoal e entretanto chega o vizinho dele e diz que nos arranja lá um espaço
para nós, mas cada um teria de pagar 10euros. Tínhamos visto que no parque de
campismo o calor a pagar era 5 euros por pessoa, explicamos que por esse valor
não estávamos interessados e ele acabou por ligar para o dono do parque de
campismo.
O holandês, foi buscar umas cervejas frescas para nós e
ficou encantado com as nossas motoretas.
Nós para retribuirmos a hospitalidade dele, assamos umas
chouriças e fizemos ali uma buxa à nossa maneira e ele sempre a trazer mais
cervejas.
A buxa com os holandeses
O dono do parque de campismo já tinha chegado, também comeu
do nosso baquete e já passava da meia-noite quando fomos para o parque de
campismo. Ele foi a frente e indicou-nos o caminho e onde tínhamos de ficar
acampados e levou-nos também ao bar para conhecermos o sítio e para oferecer
mais umas imperiais.
A beber umas imperiais
Conversa puxa conversa, já passava da 2h quando alguns de
nós deixamos o bar e fomos montar as tendas enquanto outros ficaram na conversa
no bar.
Antes de irmos para dormir ainda comemos mais uma buxa, pois
a buxa que tínhamos feito na casa do holandês não deu para nada, eramos muito a
comer.
Mais uma etapa feita e com muitas histórias para contar.
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