Farruncas no Asfalto Santiago

Farruncas no Asfalto Santiago

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Farruncas no Asfalto 7 - Lisboa Marrocos Lisboa - Etapa 1

Após vários meses em preparativos, logísticos e das máquinas, eis que chegou finalmente o dia para o arranque desta pequena, ou diria antes, grande aventura LISBOA-MARROCOS-LISBOA dos FARRUNCAS!
No dia anterior à partida, juntou- se a nós o companheiro  David, diretamente de França para participar nesta viagem.

A partida da casa do Nelson


Com a equipa completa e pronta para rolar na estrada, combinamos às 8:30 na rotunda da MOVIFLOR na Bobadela. Os três seguimos em direção à Torre de Belém, local marcado para o arranque, acompanhados pelo nosso amigo Carlos Alberto, que nos veio apoiar. Chegados ao local, alguns amigos esperavam por nós, assim como o diretor e um fotógrafo da revista MOTOMAGAZINE, que registaram o momento e fizeram uma reportagem para a posterioridade.

Depois da sessão fotográfica e de prestarmos alguns esclarecimentos sobre esta aventura, chegou a hora de nos fazermos à estrada, acompanhados por alguns dos amigos.

Álbum de família..


A realização desta viagem não teria sido possível sem o incondicional e generoso apoio do nosso amigo e companheiro António Pato, que por motivos de saúde, não pôde estar presente no local de partida. Assim e como ficava em caminho, decidimos surpreendê-lo, passando pela sua casa para um abraço de despedida e desejos de melhoras!
Feitas as despedidas fizemos-nos à estrada, acompanhados pelo nosso amigo Lourenço e sua esposa numa CASAL, até à entrada do Porto Alto, local onde nos separámos e seguimos em direção a Pavia.
O relógio marcava a hora de almoço e uma tabuleta chamou-nos à atenção ’SOPA DA PEDRA BIFANA XXL BEBIDA E CAFÉ 6€’! Era mesmo isto! Almoço na esplanada e em conta.

bela sopa da pedra..

Comido o farnel, era hora de seguir viagem pelas habituais estradas nacionais, acompanhados por belas paisagens e grandes retas!
Mais uma pequena paragem para comermos fruta!

frutinha!!!


Na passagem por Pavia aproveitámos para abastecer as máquinas e esticar as pernas. De novo na estrada, uma infindável reta à saida de Pavia. Após uns bons kms, o gps indicou virar à direita, para uma magnífica estrada, com curvas e contra curvas no meio de uma verde e agradável paisagem. É então que o gps sugere que se vire novamente à direita.
O meu sentido de orientação (Sérgio) alertou-me que estaríamos a voltar para trás. O David pensou o mesmo e depois de uma troca de ideias, o Nelson "o homem do gps", insistindo que estávamos no bom caminho, fez-nos continuar até que chegámos onde já era previsto: Pavia!
Toca a dar na cabeça ao Nelson, quase 30 kms percorridos e fomos dar ao mesmo sítio! O gps, ou antes, o homem por detrás do gps, trocou-nos as voltas.
Era altura de voltar ao velho e fiável mapa de papel que em tantas outras viagens nunca nos deixou ficar mal.
E assim foi, depois de alguns kms já se podia ver as placas indicando o destino do dia: Elvas!!



Chegados a Elvas, fomos comprar pão para o jantar /pequeno almoço do dia seguinte.



Depois de umas fotos era altura de conhecer e explorar o famoso Forte da Senhora da Graça, local que já tínhamos eleito como preferido para pernoitar, não só pela sua localização e estado de abandono, mas também por ser um local com história, o antigo quartel onde o David tinha cumprido parte do serviço militar e que veio tornar o reconhecimento mais fácil!

Dentro do Forte de Elvas

Estando escolhido o sítio para dormir, tratamos de fechar a "suite" e meter as máquinas na garagem. Agora bora explorar o forte!

Já só resta os ponteiros do relógio

algures num dos anéis do forte..

Exploração no interior do Forte

Vamos ver o que há ali dentro...



É lamentável o estado deteriorado e vandalizado em que se encontra este importante e magnifíco forte. Uma vergonha, ainda mais por se encontrar à entrada uma placa com a seguinte indicação:
"PROPRIEDADE DO MINISTÉRIO DA DEFESA"



Contudo, ainda é possível apreciar e absorver a imponência deste monumento e toda a sua história. Mas não por muito mais tempo, se algo não for feito para o preservar.
O forte é um autêntico labirinto e é muito fácil nos perdermos no seu interior.





As pinturas nas paredes comprovam que naqueles tempos a disciplina, honra e ordem eram lei máxima!




Feito o reconhecimento era hora de preparar o quarto e a bucha. Como íamos dormir dentro do forte não foi necessário montar as tendas, o que nos poupou algum tempo e trabalho.


O nosso quarto


A bucha, como sempre, ficou a cargo do Nelson e do seu fogão pitromax que nos tem acompanhado e servido em todas as outras viagens.




Para aconchegar o estômago, começamos por devorar os queijinhos que tínhamos comprado um mês antes, frescos e que com muito cuidado e engenho tínhamos secado e curado em azeite, para esta viagem.




No fim da janta, um brinde com o já tradicional licor medronho caseiro, dedicado à etapa que estava quase terminada. 




O brinde..


Faltava preparar o perímetro à entrada, contra eventuais intrusos  noturnos, através de uma armadilha feita de fio de pesca agarrado a latas de salsichas, as do jantar, estrategicamente colocadas!

A armadilha.


O resultado foi eficaz! Chiu, pouco barulho que a malta quer dormir.



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