Sábado, dia 14 de Junho de 2014
Véspera da partida - Atribulada
Belém vai ser novamente o nosso local de partida, mas como
este ano o João vem da Figueira da Foz, combinamos fazer um jantar e juntarmos
os Farruncas ao final do dia de sábado.
Já poucos minutos faltavam para as 20H, quando chega o David
e o João, já estávamos todos a espera deles. O João vinha na EFS GT Super,
restaurada para a nossa viagem, o David vinha na XR 650R e estava desejoso de
ver a sua Motoesa pois tem acompanhado o seu restauro através de fotografias.
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A EFS GT Super do João, acabada de chegar da Figueira |
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A Motoesa do David |
Tínhamos o jantar marcado para as 20:30 mas com a conversa daqui e dali, já chegamos ao restaurante já passava das 21h.
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O jantar dos Farruncas antes da partida |
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O brinde com o licor de Medronho |
Depois do jantar ainda fomos dar uma volta com as motoretas,
para vermos como se comporta o grupo. Chegados a casa, estava na hora de ir
verificar os níveis do óleo e efetuar uma última afinação. A Motoesa do David,
faz imenso fumo, um fumo estranho. Após verificarmos o óleo da caixa de
velocidade descobrimos que o fumo que faz é devido ao óleo da caixa que se
encontra a ser queimado! Estamos perante um grande problema de ultima hora,
pois o motor tem dado imensos problemas e tinha sido aberto pela 3 vez hoje
para trocar os discos de embraiagem. Estamos a menos de 9 horas da nossa
partida e lembrei-me que o sr António tinha um motor sachs 5 bastante antigo
todo reparado para a sua V5, ufa, estamos safos pensei. Pegamos na motoesa e lá
vamos nós para a oficina, para montarmos o tal motor.
Após analisarmos o motor, temos de trocar o cilindro e a
colaça, pois o que este tem é das cabeças redondas e o escape é seguro com um
casquilho roscado. Este motor também trabalhar com platinado, e vamos
aproveitar o eletrónico do outro motor, pois a instalação elétrica está feita
para eletrónio e não para platinados.
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A tirar o motor à Motoesa |
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O motor do Sr António |
Metemos mão á obro e quando estamos a montar o eletrónico
neste motor, a cambota é mais fina, quer isto dizer que vamos ter de usar a
parte elétrica de platinados! E agora temos de arranjar um bobine.
Já passavam das 3 da manha, toca de ligar para o Sergio,
temos de ser uns para os outros e não era justo ele estar a dormir e nos de
volta das motoretas. Ele nem queria acreditar que estávamos na oficina e
pensava que estaríamos a gozar com ele, mas depois com alguma insistência ele
lá saiu da cama e perto das 4 horas lá chegou ele na sua EFS. Já tínhamos a
motoesa quase toda montada para efetuar-mos o primeiro teste.
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A por o óleo para ir experimentar o motor |
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Confiantes que tínhamos o problema resolvido |
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A Motoesa novamente na boxes |
Vou fazer o primeiro teste a mota e o motor não está a meter
mudanças como deve de ser! Mais um problema! A mota está mesmo enguiçada,
dizíamos nós.
Recolhemos novamente a mota para a oficina e volto a abrir o
motor, nunca tinha mexido em motores sachs, e o que sei aprendi no motor da
motoesa mas este motor não tem nada a ver! Estamos lixados! Bem, desistir é que
não, passados 10 minutos a estudar como se afinavam as mudanças, consigo
descobrir como se afinam e com algumas tentativas as mudanças entram
razoavelmente bem. Mas um teste de estrada e descubro que a embraiagem fica
presa. Isto está a correr mesmo bem, dizíamos.
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A tirar peças do motor da Motoesa |
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A afinar as mudanças |
Abrimos novamente o motor e não percebíamos como podia ficar
bloqueada, mas olhamos com atenção a bolacha que trabalhar no cárter e com um
pedaço de lixa removemos as irregularidades. Motor montado e foi a vez do David
ir experimentar a mota, ficamos a espera e achamos estranho deixar-mos de ouvir
o motor. Seriam umas 6 da manha, e ouvia-se o silêncio e nada de ouvir a
motoreta. Pensamos que foi dar uma volta maior, passaram mais uns minutos e
achamos que algo não estaria correto e fui a pé à procura dele. Assim que chego
ao final da rua, olho para os lados e vejo o David com a mota a mão, pensei que
o motor tivesse avariado e corro para o ajudar. Assim que chego ao pé dele
pergunto-lhe o que aconteceu, ele diz-me que encontrou a polícia, sem
documentos, sem capacete e desta vez a sorte esteve do nosso lado, pois a polícia
recebeu uma chamada de emergência e tiveram de ir embora, mas obrigaram o rapaz
a levar a mota à mão para a oficina. Que raio de azar andamos nós, dizíamos. O David
acha que as mudanças não estão boas, fui dar mais uma volta e em algumas
mudanças por vezes saltam. Vale mais dar mais uma afinação, e la foi novamente
para a oficina. Com bastante cuidado, dei mais um toque na afinação, já era de
dia, fomos efetuar mais um teste e a máquina parecia estar bastante aceitável.
Todos fomos experimentar a máquina e todos concordamos que estava pronta. Já
passavam as 8h quando fomos para casa, tomar banho carregar a trouxa,
dificilmente estaríamos as 9:30 na torre de Belém, mas vamos dar o nosso
melhor.
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